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CAPÍTULO V- MANUTENÇÃO NA PRÁTICA

 

A manutenção predial é um conjunto de ações essenciais para garantir o funcionamento eficiente, seguro e econômico de um Condomínio. Trata-se de ações planejadas e realizadas regularmente, que abrangem desde pequenas reparações até intervenções técnicas mais complexas, segmentadas em manutenção preventiva, corretiva e preditiva, desempenhando papel crucial na valorização do patrimônio, segurança dos Condôminos e convivência harmoniosa.

 

MÓDULO 1: MANUTENÇÃO PREDIAL E DE EQUIPAMENTOS

 

Objetivo: Destacar a importância da manutenção em prédios, abordando suas características, equipamentos e normas de segurança aplicáveis.

 

A manutenção predial não é um custo, mas sim investimento estratégico em termos de segurança, valorização do patrimônio e satisfação dos Condôminos. Ao implementar um programa de manutenção eficiente, o Condomínio assegura a convivência harmoniosa, funcionamento adequado dos sistemas e a prevenção de problemas futuros.

 

Além disso, promove a sustentabilidade ao evitar desperdícios de recursos e reduzir o impacto ambiental.

 

Tópico 1 – Importância e Benefícios da Manutenção.

 

Objetivo: Explicar o papel essencial da manutenção para o funcionamento eficiente e seguro do Condomínio.

 

Porque a manutenção é indispensável.

  • Garantia de Segurança:
  • Proteção de Vidas: sistemas como elevadores, instalações elétricas, hidráulicas e dispositivos de segurança (extintores, alarmes e saídas de emergência) necessitam de inspeções regulares para evitar riscos de acidentes;
  • Prevenção de Desastres: a manutenção predial ajuda a identificar falhas antes que se tornem problemas graves, como incêndios, vazamentos de gás ou alagamentos.
  • Funcionamento Eficiente:
  • Redução de Interrupções: equipamentos bem conservados funcionam de forma contínua, evitando transtornos como falhas em bombas de água, portas automáticas ou sistemas de iluminação;
  • Otimização de Recursos:
  • Manutenções regulares diminuem o consumo de energia e água, garantindo eficiência operacional e menor impacto ambiental.
  • Economia:
  • Redução de Custos com Reparos: atuação preventiva fica menos custosa do que arcar com custos de reparos emergenciais ou substituições inesperadas de equipamentos;
  • Prolongamento da Vida Útil dos Equipamentos: cuidados adequados garantem maior durabilidade de itens como elevadores, tubulações, sistemas de segurança e climatização.
  • Valorização do Patrimônio:
  • Aparência e Funcionalidade: Condomínio bem conservado reflete cuidado e zelo, aumentando a atratividade para futuros Condôminos e investidores;
  • Prevenção de Degradação: falhas negligenciadas podem causar deteriorações estruturais, desvalorizando o imóvel.
  • Conformidade Legal:
  • Cumprimento de Normas Técnicas garantindo que o Condomínio esteja em conformidade evitando riscos, como as da ABNT- Associação Brasileira de Normas Técnicas e Legislações Específicas, evitando multas e penalidades.
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MÓDULO 2: ESTRATÉGIAS DE MANUTENÇÃO

 

Tópico 1 – Tipos de Manutenção.

 

Objetivo: Apresentar conceitos, aplicações e benefícios das diferentes estratégias de manutenção, ajudando na escolha da abordagem mais eficiente para o Condomínio.

 

Estratégias de manutenção diferem em sua abordagem para lidar com falhas e prevenir interrupções, sendo elas:

 

Manutenção Corretiva:

 

Realizada após a ocorrência de uma falha ou problema, com o objetivo de restaurar o funcionamento normal do equipamento ou sistema. Exemplos: Reparos emergenciais de vazamentos, falhas elétricas ou de portões automáticos danificados.

 

  • Características:
  • Reativa, ocorre apenas quando há necessidade imediata;
  • Não exige planejamento prévio.
  • Benefícios:
  • Baixo custo inicial e inexistência de planejamento.
  • Desvantagens:
  • Pode gerar custos elevados em emergências e paralisações prolongadas;
  • Impacta negativamente a operação do Condomínio, causando desconfortos ou riscos.

 

Manutenção Preventiva:

 

Realizada de forma planejada e periódica reduzindo a probabilidade de falhas, prolongando a vida útil dos equipamentos. Exemplos: Inspeção de elevadores, limpeza de reservatórios, revisão de equipamentos elétricos.

 

  • Características:
  • Ativa e sistemática, realizada em intervalos regulares;
  • Baseada em cronogramas e checklists;
  • Exemplo: Limpeza de reservatórios de água, inspeção de elevadores, revisão de sistemas elétricos e hidráulicos.
  • Benefícios:
  • Reduz custos a longo prazo, aumentando a vida útil dos equipamentos;
  • Garante maior segurança e confiabilidade dos sistemas.
  • Desvantagens:
  • Exige organização e dedicação de tempo;
  • Pode resultar em manutenção desnecessária em equipamentos com pouca criticidade.

 

Manutenção Preditiva

 

Utiliza tecnologias de monitoramento contínuo para analisar o desempenho de equipamentos e prever possíveis falhas antes que ocorram. Exemplos: Análise térmica em quadros elétricos e medição da vibração de motores, identificando desgastes precoces.

 

  • Características:
  • Proativa e baseada em dados coletados por sensores e análises.
  • Benefícios:
  • Maximiza a eficiência no uso de recursos;
  • Minimiza interrupções e falhas inesperadas.
  • Desvantagens:
  • Requer maior investimento inicial em tecnologia;
  • Depende de equipe técnica capacitada para interpretar os dados.

 

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MÓDULO 3: GESTÃO DOS SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO

 

 

Tópico 1 – Como Organizar a Manutenção Predial

 

Objetivo: Apresentar estratégias para gerir serviços de manutenção.

 

  • Elaborar um Plano de Manutenção:
  • Listar os equipamentos e instalações que necessitam de manutenção regular;
  • Definir cronogramas e priorizar ações preventivas.
  • Utilizar Tecnologia:
  • Implementar softwares de gestão predial para controlar prazos, registrar inspeções e acompanhar o histórico de manutenções.
  • Contar com Profissionais Qualificados:
  • Garantir que empresas e técnicos especializados executem as manutenções conforme normas técnicas e boas práticas.
  • Registrar e Monitorar:
  • Documentar todas as intervenções realizadas para assegurar rastreabilidade e transparência.

 

Tópico 2 – Administração de Equipe Interna

 

Objetivo: Apresentar boas práticas para gerir equipes de manutenção próprias.

 

Criar um plano abrangente para administrar equipe própria de manutenção, segundo os seguintes passos:

 

  • Planejamento:
  • Organizar as tarefas, dividindo-as em diárias, semanais, mensais, semestrais e anuais, conforme normas existentes, importância e urgência, utilizando ferramentas de gestão de tarefas como Trello ou Asana para monitorar o progresso.
  • Distribuir tarefas, alinhando-as de acordo com a especialidade ou habilidade específica dos membros da equipe interna, buscando eficácia e qualidade.
  • Treinamento Técnico:
  • Oferecer cursos periódicos de atualização de novas tecnologias e métodos de manutenção;
  • Promover treinamentos sobre comunicação eficaz, trabalho em equipe e resolução de conflitos.
  • Comunicação:
  • Utilizar plataformas de comunicação como Microsoft Teams, Slack ou Whatsapp para facilitar troca de informações;
  • Programar reuniões regulares para alinhamento e controle das atividades.
  • Controle de Qualidade:
  • Utilizar indicadores de desempenho (KPIs), indicando tempo de resposta, taxa de conclusão de tarefas e qualidade da obra ou projeto;
  • Avaliar resultados, realizando inspeções periódicas, garantindo que padrões de qualidade estão sendo cumpridos.
  • Detecção de Problemas Técnicos:
  • Identificar anormalidades técnicas, através de canal de comunicação para reporte aberto a todos.

 

Exemplo Prático:

 

  • Plano Semanal de Manutenção:
  • Segunda-feira: Inspecionar sistemas elétricos;
  • Terça-feira: Efetuar limpeza dos filtros do sistema de ar-condicionado;
  • Quarta-feira: Verificar vazamentos e ajustar sistemas hidráulicos;
  • Quinta-feira: Testar equipamentos de segurança e de emergência;
  • Sexta-feira: Remover ferrugens e repintar as grades da piscina.

 

Implementar tais estratégias irá ajudar a equipe interna a ser mais eficiente e produtiva, garantindo adequado funcionamento do Condomínio com tarefas planejadas de forma eficaz.

 

Tópico 3 – Controle de Equipe Externa

 

Objetivo: Apresentar formas para controlar tarefas envolvendo equipes de manutenção terceirizadas (empresas ou profissionais autônomos).

 

  • Escolha de Fornecedores:
  • Verificar se a empresa/profissional possui as certificações necessárias para o serviço oferecido, garantindo o cumprimento de normas e padrões de qualidade;
  • Pesquisar o histórico da empresa/profissional, analisando projetos, trabalhos e avaliações de outros clientes. Empresas com histórico positivo são mais confiáveis;
  • Avaliar o custo dos serviços em comparação com o benefício a ser obtido, atentando que nem sempre o mais barato é a melhor opção, e um serviço de qualidade representa economia a longo prazo.
  • Contratos e SLA- Service Level Agreement (Acordo de Nível de Serviço):
  • Certificar-se de que o Contrato de Manutenção e/ou de Prestação de Serviços especifica claramente todos os critérios dos trabalhos;
  • Certificar-se que o SLA estabeleça critérios do nível de serviços e prazos.
  • Acompanhamento:
  • Utilizar softwares CMMS- Computorize Maintenance Management System (Sistema de Gestão de Manutenção), para acompanhar a execução dos serviços. Ferramentas como Fiix ou MaintainX podem ajudar;
  • Estabelecer relatórios periódicos dos fornecedores, para monitorar o progresso dos serviços prestados.
  • Relacionamento:
  • Estabelecer canais de comunicação abertos e eficazes com os fornecedores;
  • Efetuar reuniões regulares e de controle com fornecedores;
  • Tratar fornecedores como parceiros e não apenas como prestadores de serviço, o que pode melhorar a qualidade do trabalho e a colaboração.
  • Resolução de Problemas
  • Ter plano de ação para lidar com falhas e não conformidades, incluindo um processo de comunicação imediata e ações corretivas;
  • Revisar regularmente o desempenho dos fornecedores e trabalhar em conjunto para melhorar os processos e a qualidade do serviço.

 

Estudo de Caso: Exemplo de Terceirização Bem-Sucedida

 

Certo Condomínio contratou empresa terceirizada para manutenção. Inicialmente, eles enfrentaram alguns problemas com tempos de resposta. Após estabelecer um SLA- Acordo de Nível de Serviço claro e implementar um sistema de monitoramento, o desempenho melhorou significativamente. Com reuniões mensais constantes, conseguiram manter um relacionamento positivo e uma manutenção eficiente.

 

Seguindo essas práticas, é possível controlar de maneira eficaz equipes de manutenção terceirizadas, garantindo serviços de qualidade.

 

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MÓDULO 4: ROTINAS DE MANUTENÇÃO

 

 

Tópico 1 – Inspeções Diárias

 

Objetivo: Promover a importância de verificações diárias para manter o funcionamento e segurança do Condomínio.

 

  • O que inspecionar:
  • Funcionamento de iluminação nas áreas comuns;
  • Checagem de bombas hidráulicas e sistemas de água;
  • Observação de sinais de infiltrações ou vazamentos;
  • Verificação básica de elevadores (painéis, portas e nível);
  • Funcionamento dos sistemas de segurança (câmeras, alarmes).
  • Organização e registros:
  • Checklists diários das tarefas;
  • Registro de ocorrências e ações imediatas.
  • Dicas práticas:
  • Criar rotina de inspeção diária;
  • Adotar aplicativos ou planilhas para controle das atividades.

 

Tópico 2 – Inspeções Quinzenais

 

Objetivo: Apresentar itens que exigem atenção quinzenal e que complementam as inspeções diárias.

 

  • O que inspecionar:
  • Painéis elétricos e disjuntores;
  • Bombas de recalque e sistemas de pressurização.
  • Extintores e hidrantes, não ultrapassando prazos de vencimento e garantindo lacres intactos e acessibilidade;
  • Drenos e grelhas em áreas externas, garantindo suas limpezas.
  • Organização e registros:
  • Checklists quinzenais das tarefas;
  • Registro de ocorrências e ações imediatas.
  • Dicas práticas:
  • Criar uma rotina de inspeção no início, e fim do turno.
  • Adotar aplicativos ou planilhas para controle das atividades;
  • Quando requerido, envolver profissionais especializados.

 

Tópico 3 – Inspeções Mensais

 

Objetivo: Abordar atividades que exigem planejamento mensal.

 

  • O que inspecionar:
  • Iluminação de emergência e alarmes de incêndio, realizando testes completos;
  • Limpeza de caixas de gordura e esgoto;
  • Equipamentos de ar-condicionado e filtros;
  • Vazamentos em telhados e calhas, prevenindo problemas em chuvas.
  • Organização e registros:
  • Checklists mensais das tarefas;
  • Registro de ocorrências e ações imediatas.
  • Dicas práticas:
  • Criar rotina de inspeção quinzenal;
  • Adotar aplicativos ou planilhas para controle das atividades;
  • Quando requerido, envolver profissionais especializados nas atividades.

 

Tópico 4 – Inspeções Semestrais e Anuais

 

Objetivo: Relacionar atividades que exigem planejamento semestral e anual.

 

  • O que inspecionar semestralmente:
  • Sistemas de combate a incêndio (sprinklers, mangueiras, alarmes);
  • SPDA- Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas;
  • Reservatórios de água potável, efetuando limpezas completas.
  • O que inspecionar anualmente:
  • Laudos e Certificados AVCB, SPDA e de manutenção predial vigentes, renovando os a vencer ou urgentemente os vencidos;
  • Estrutura do prédio, em termos de rachaduras, pisos e fachadas;
  • Sistemas de gás, atualizando certificações;
  • Organização e registros:
  • Criar checklists semestrais e anuais registrando ocorrências.
  • Dicas práticas:
  • Criar uma rotina de inspeção diária;
  • Adotar aplicativos ou planilhas para controle das atividades;
  • Envolver profissionais especializados nas atividades, quando requerido.

 

Tópico 5 – Pequenos Reparos

 

Objetivo: Orientar a realização de pequenos reparos, melhorando o funcionamento e a aparência do Condomínio, promovendo economia ao evitar chamados técnicos desnecessários.

 

  • Substituição de lâmpadas e antigos reatores:
  • Identificar tipos de lâmpadas (LED, fluorescentes, incandescentes) e reatores;
  • Substitui-las com segurança ao manuseá-las;
  • Descartar de forma adequada o material substituído.
  • Troca de torneiras, sifões e pequenos ajustes em encanamentos:
  • Identificar vazamentos simples;
  • Ajustar conexões de encanamentos soltos ou com pequenos vazamentos.
  • Correção de problemas simples em fechaduras e dobradiças:
  • Lubrificar dobradiças ruidosas;
  • Ajustar portas que não fecham corretamente;
  • Trocar cilindros de fechaduras.

 

Kit básico para reparos rápidos:

 

  • Chave de fenda (cabo reto e Phillips);
  • Alicate universal;
  • Martelo;
  • Trena;
  • Fita isolante e fita veda-rosca;
  • Chave inglesa;
  • Lanterna.

 

Quando Acionar Profissionais Especializados:

 

  • Ao identificar problemas estruturais, como infiltrações e rachaduras, ou sistemas elétricos inoperantes;
  • Ao notar riscos de segurança na execução de reparos (exemplo: Sistemas de Controle de Acesso intermitentes ou Sistemas Hidráulicos com vazamentos internos);
  • Em situações que exijam ferramentas ou conhecimentos técnicos específicos.

 

Exemplos de casos:

 

  • Curto-circuito ou falha em quadros de energia;
  • Reparo em sistemas hidráulicos pressurizados;
  • Manutenção de sistemas eletrônicos (exemplo: câmeras de CFTV, portões automáticos).

 

Importante: para a realização de pequenos reparos, é fundamental seguir normas de segurança, como desligar a energia antes de manusear equipamentos elétricos e usar luvas e óculos de segurança.

 

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